terça-feira, 8 de setembro de 2015

BRASIL MANDA PARA A CADEIA, INVENTOR DA CURA DO CÂNCER

CAUTELA

Ações na Justiça pedem acesso a remédio que curaria câncer

Oncologistas recomendam que sejam feitos mais testes; Anvisa diz que não foi contatada

PUBLICADO EM 02/09/15 - 03h00 REPRODUZIDO DE "O TEMPO, CIÊNCIA E SAÚDE - BH/MG
A cura para o câncer pode já ter sido descoberta. Ela se chama “fosfoetanolamina sintética” e foi desenvolvida por Gilberto Orivaldo Chierice, professor titular aposentado de química analítica da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos. A substância existe no corpo humano, mas é feita sinteticamente em laboratório (leia quadro). Porém, esse remédio chega atualmente somente a cerca de 50 pacientes, devido a um imbróglio burocrático, que impede o registro da substância na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Quem recebe o composto só o tem por meio de liminares judiciais.
O corretor de imóveis Orlando José Souza Neves, 49, foi um dos que entraram na briga. Em 2014, ele foi diagnosticado com um câncer no fígado. Como ele usa um desfibrilador, a quimioterapia não conseguiria extirpar os três tumores.
“Comecei a procurar outros tratamentos, coisas naturais que pudessem me ajudar. Meu filho soube de um homem que fabricava a fosfoetanolamina em Santa Catarina. Eu fui atrás e comecei a tomar. Hoje, estou com só um tumor”, conta Neves. Seu tratamento, porém, foi interrompido em junho deste ano, com a prisão de Carlos Kennedy Witthoeft, que produzia a substância. “Procurei um advogado e entrei com uma liminar. Em duas semanas consegui voltar a receber as pílulas”, diz.
O comerciante Erivaldo Jesus Santos, 58, que foi diagnosticado com câncer no reto em 2012 e precisaria fazer uma cirurgia que o deixaria preso a uma bolsa coletora de fezes, também obteve uma liminar que lhe garantiu o direito ao tratamento. “Fui até a USP, conheci o professor Gilberto, apresentei o laudo médico e recebi o remédio. Mas em 2013 houve o corte da produção, e eu tive que entrar com a liminar”, conta.
Segundo o professor Chierice, há cerca de 1.150 pesquisas realizadas no mundo inteiro com a fosfoetanolamina sintética, e as suas próprias pesquisas indicariam que a substância pode, realmente, curar o câncer. “Começamos essa pesquisa na década de 1990 e já publicamos vários trabalhos em revistas científicas internacionais. Continuamos desenvolvendo esse trabalho junto com o Instituto Butantan, que tem as células cancerosas”, comenta o professor.
Chierice vem lutando para que o composto seja reconhecido, mas sem sucesso. “Procuramos a Anvisa umas quatro ou cinco vezes pedindo orientações de como proceder para o registro, mas o que eles nos sugeriram foi que cedêssemos a patente para o Instituto Butantan”, afirma ele.
FOTO: EDITORIA DE ARTE
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Instituições se esquivam

Procurada pela reportagem de O TEMPO, a Anvisa afirmou, em nota, que “não há qualquer pedido ou solicitação de anuência em pesquisa clínica para fosfoetanolamina junto à Anvisa. Também não há requerimento para avaliação de projetos contendo essa substância (...) para acesso a produtos em fase de pesquisa”. Já o Instituto de Química da Universidade de São Paulo, também procurado, não quis se pronunciar sobre os usos e os testes da fosfoetanolamina sintética.

Médicos apoiam mais testes

Desde a década de 90, quando a fosfoetanolamina começou a ser distribuída para pacientes em uma parceria entre o Instituto de Química da USP São Carlos e o Hospital Amaral de Carvalho, na cidade de Jaú, em São Paulo, a substância já representou esperança e até melhora para centenas – talvez milhares – de pacientes. Mesmo assim, ela ainda não conta com o apoio de médicos.

Em nota, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) declarou que “é a favor da realização de estudos científicos que comprovem os benefícios da fosfoetanolamina sintética. Sem o necessário registro da Anvisa, a sociedade não recomenda que os oncologistas clínicos prescrevam a droga”.

Na opinião de André Márcio Murad, professor de oncologia da Faculdade de Medicina da UFMG, o composto não poderia estar sendo colocado em cápsulas e distribuído para a população.

“Existe uma dose (da fosfoetanolamina) em que poderia haver atividade de morte celular, mas há outra dose em que ela atuaria como fator de crescimento do tumor”, alerta. E completa: “Já houve o boom da cartilagem de tubarão, da graviola, do cogumelo do sol. Mas, de cada mil substâncias que são testadas, uma acaba sendo benéfica. A probabilidade de dar errado é enorme. A única forma de saber os efeitos é realizando um estudo com centenas de pacientes” ressalta.

FOTO: UNESP/DIVULGAÇÃO
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Potencial.A vespa Polybia paulista, cujo veneno pode ser usado para produzirdroga contra câncer
Veneno de vespa é avaliado
São Paulo. O veneno de uma vespa brasileira, Polybia paulista, contém uma poderosa toxina que mata células de câncer, sem danificar células saudáveis. Agora, um grupo de cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade de Leeds, na Inglaterra, descobriu exatamente como a toxina, chamada MP1, consegue abrir buracos apenas nas células cancerosas, destruindo-as.

O estudo, publicado nesta terça na revista científica “Biophysical Journal”, poderá inspirar a criação de uma classe inédita de drogas contra o câncer, segundo os cientistas.

De acordo com um dos autores do estudo, Paul Beales, da universidade inglesa, a toxina MP1 não afeta as células normais, mas interage com lipídios – moléculas de gordura – que estão distribuídos de forma anômala apenas na superfície das células do câncer.

Ao entrar em contato com a membrana dessas células, a toxina abre buracos por onde escapam moléculas essenciais para seu funcionamento. “Terapias contra o câncer que atacam a composição de lipídios da membrana da célula seriam uma classe inteiramente nova de drogas antitumorais. Isso poderia ser útil para o desenvolvimento de novas terapias combinadas, nas quais múltiplas drogas são utilizadas para tratar um câncer atacando diferentes partes de suas células simultaneamente”, disse Beales.

Em estudos futuros, os cientistas planejam alterar a sequência de aminoácidos da MP1 para aprimorar sua seletividade e sua potência.


domingo, 1 de março de 2015

É PRA CABÁ!!!
Governo planeja pacote para socorrer empreiteiras suspeitas

Fonte: O Estadão

BRASÍLIA - Numa tentativa de socorrer empreiteiras acusadas de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás, o governo tomará uma série de iniciativas com potencial para acalmar os empresários presos na Operação Lava Jato. O esforço passa por liberar empréstimos de bancos públicos e verbas orçamentárias, além de acelerar acordos de leniência via Controladoria-Geral da União, seguindo discurso da presidente Dilma Rousseff de que empresas não podem ser punidas, mas, sim, seus malfeitores. 

    © André Dusek/Estadão
Uma das primeiras iniciativas será financeira. O governo começou a liberar recursos orçamentários para pagar obras já finalizadas pelas empreiteiras da Lava Jato. Para a Odebrecht, o governo pagou R$ 37,1 milhões no dia 23 de janeiro. A Queiroz Galvão, também acusada de participar do “clube da propina”, recebeu R$ 124,25 milhões entre janeiro e fevereiro. A Engevix, que tem seu vice-presidente preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, outros R$ 2,2 milhões. Os valores constam do Siafi, sistema de registro de pagamentos do governo federal, e foram levantados pela liderança do DEM no Senado a pedido do Estado. 
A sobrevida às empresas, na estratégia do governo, será garantida, ainda, com a liberação de empréstimos do BNDES e do Banco do Brasil já solicitados pelas empresas da Lava Jato, mas que estão paralisados desde o ano passado. São os chamados “empréstimos-ponte”, usados para solucionar problemas urgentes de caixa das empresas. O novo presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, também foi escalado para garantir a retomada dos pagamentos dos contratos com a petroleira. 
Valores. Quando ainda ocupava a presidência do BB, Bendine se reuniu com outros bancos para calcular a dívida das empreiteiras investigadas com bancos públicos e privados. Estima-se um rombo de R$ 130 bilhões. O número teria sido comunicado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e a procuradores da Lava Jato. O BB e a Febraban disseram que não comentariam sobre a reunião. A assessoria de Janot negou o encontro com Bendine. O cálculo foi feito porque o governo se preocupou com o impacto da operação no sistema financeiro nacional. O medo era de que os bancos tivessem que arcar com os calotes caso as empresas fossem declaradas inidôneas. Isso impediria que pudessem ser contratadas pelo setor público. 
A Lava Jato atingiu dezenas de empreiteiras. Onze empresários da UTC/Constran, Camargo Corrêa, OAS, Mendes Junior, Engevix e Galvão Engenharia estão presos desde 14 de novembro na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. 
Leniência. A insistência do governo para que a CGU faça o acordo de leniência com as empresas da Lava Jato em lugar do Ministério Público Federal também agrada às empresas. O acordo é proposto pelas empresas, mas caberá à CGU aceitar ou não as condições impostas. 
No fim do ano passado, a CGU tentou fazer um acordo com a SBM Offshore, empresa holandesa acusada de pagar propina em troca de contratos com a Petrobrás. Não houve acordo porque a controladoria defendeu que a multa fosse na casa do bilhão, valor equivalente ao prejuízo calculado pela então presidente da Petrobrás, Graça Foster. A SBM queria pagar R$ 400 milhões.
O ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, defende que o valor da multa seja “real”. “Qual o valor a ser ressarcido? O Ministério Público estipula o deles, mas é real? A Petrobrás vai fazer o dela. Como a empresa vai ressarcir? Temos que achar uma base comum”, afirma. Além da negociação sobre a multa, o acordo de leniência pela CGU evita que as empreiteiras sejam impedidas pela Justiça de receber incentivos, subsídios e empréstimos da administração pública. 
Declaração da presidente Dilma Rousseff em defesa das empresas também teria tido o efeito de tranquilizar os investigados. “Iremos tratar as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário criar emprego e gerar renda”, disse ela há pouco mais de uma semana.

Deu no Estadão

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

CASO DO MENINO DESAPARECIDO JOÃO RAFAEL KOVALSKI

A Verdade!
1ª Parte
2ª Parte
3ª Parte

terça-feira, 30 de dezembro de 2014


MANIFESTO CARBONÁRIO

Aecio Neves - Entrevista sobre Graça Foster

Em 2005, a Alta Venda Carbonária do Brasil fez chegar a todos os brasileiros e aos fratellos das diversas obediências maçônicas em todos os Orientes, o seu manifesto de indignação pela então visível formatação de um plano ardiloso, sórdido e criminoso que encetava o Partido dos Trabalhadores, através do indivíduo profano LUIS INÁCIO LULA DA SILVA e sua trupe de saqueadores que já nessa época engendravam um esquema de corrupção sem precedentes no Brasil.

Muitos torceram seus narizes e a maçonaria do calhau mostrou-se indiferente aos factos que assolavam a pátria e até mesmo o Grande Oriente do Brasil posicionou-se em favor do tal governo vigente, mantendo seus obreiros silentes e sufocados pela mordaça do perjúrio e da omissão.

Anos mais tarde, alguns Orientes se rebelaram e tomaram coragem, vindo a público manifestar seu repúdio contra à política devastadora desse governo cruel, traiçoeiro e que fomentou o ódio e a discórdia entre as classes sociais, criando um verdadeiro  “apartheid” dividindo o Brasil e dois estados rivais – ricos contra pobres, negros contra brancos, homossexuais x heteros, bandidos sob proteção dos direitos humanos,  polícia sem a proteção constitucional e vítimas da perseguição, gerando impunidade e apologia ao crime de toda a sorte.

Esse governo PeTista Instalou a maior roubalheira da história da República e desobedeceu ao Estado de Direito. Em fim, Aécio Neves que era a esperança, a pá de cal sobre as mazelas que deixará Dilma e seus asseclas, foi subjugado pela fraude e pela compra de votos em massa efetivada pelo pseudo programa “bolsa família”, um curral eleitoral que criou 48 milhões de eleitores alienados e seus parentes, artifício que apesar de claro e notório, calou o povo da direita.

Ao passar o clamor das eleições, continuaram eclodindo os escândalos e os abafa abafa dos panos quentes, ficando claro que o PT não deixaria de envidar sacrifícios para ganhar as eleições a qualquer custo, posto que, caso a perdesse, a cadeia seria o rumo certo para toda a trupe governista.

O rombo nas contas públicas no momento presente, ultrapassam bilhões de dólares afanados por todos os meios e esquemas, desvios e financiamentos fajutos aos países comunistas, que na verdade só serviu para iludir a política suja bolivariana/cubana/brasileira/boliviana, maquiando os feitos deste regime comunista que se instalou no Brasil.

O claro envolvimento dos mandatários e do partido do governo, com os criminosos sequestradores, traficantes de armas, munições e drogas conhecidos como FARC, o enfraquecimento da polícia e da segurança pública, as invasões de propriedades e destruição das fazendas invadidas pelo MST subsidiado pelo governo, o aparelhamento do Estado e, em que pese todos os esforços da Polícia Federal que não para de prender aos corruptos e corruptores, os esforços hercúleos da Justiça Federal, poderão dar em nada diante do que, um possível Engavetador de Dilma venha fazer vistas grossas as denúncias processadas pelo Dr. Sergio Moro.

Mas, que Aécio Neves tome tento. Não fecharemos nossos olhos e nossos ouvidos e estaremos como sempre estivemos vigilantes e atentos ao seu trabalho no senado, fiscalizando, cobrando e punindo eventuais crimes que porventura suscitem de nossa representação à justiça. Queremos ele novamente em 2018!

Confiamos nele como líder oposicionista que se tornou, para que comande uma frente forte e aguerrida para brecar os desmandos e roubalheira desse desgoverno Dilma e que possam todos os brasileiros em 2015, derrubarem a ficha da consciência patriótica, levantarem-se do seu confortável ostracismo e pelear pela liberdade, pela justiça e pela igualdade, lembrando que a soberania do país, a liberdade do cidadão, a proteção da família e da propriedade, a democracia e a honra, não se permite periclitar.

Que a verdadeira maçonaria, a de espírito carbonário, não se omita, não se acovarde e volte a fazer como os nossos antigos Carbonários Joaquim do Ledo, Bento Gonçalves e Giuseppe Garibaldi, renasçam no seio da juventude e no coração dos homens de bem, livres e de bons costumes para à Glória do Grande Arquitécto Carpinteiro do Universo.

É este, o novo manifesto carbonário.

Dado e traçado em algum lugar do templo de Jesusalém, à coberto dos olhares profanos, onde emana forte luz, terrível aos perjuros e traidores, arrogantes, preconceituosos e discriminadores, aos 29 sois da 12ª Lua do ano da graça de nosso BPr.´. e Senhor Jesus Cristo de 2014 – E.´.C.´.

BPr.´. Walmir Battu – MC.´.I.´.
(Giuseppe Garibaldi33.´.)
Hierofante da Alta Venda Carbonária Universal.



sábado, 22 de novembro de 2014

Técnicos alertaram para ‘consolidação de danos’ após veto de Lula
DO ESTADÃO

© Wilton Júnior/Estadão

São Paulo - No dia 29 de janeiro de 2010, três dias depois de o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetar uma decisão do Congresso que determinava a suspensão de quatro obras da Petrobrás suspeitas de irregularidades, técnicos da Câmara e do Senado emitiram uma nota conjunta que alertava para a "consolidação de danos" na estatal caso o veto presidencial fosse mantido.

De acordo com os técnicos do Congresso, as justificativas apresentadas por Lula para vetar a suspensão das obras não mencionam em momento algum as irregularidades graves apontadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). No veto, o então presidente se refere aos indícios de corrupção como "pendências".

Na época, os técnicos do Congresso já alertavam que a decisão de Lula de permitir a continuidade das obras, apesar dos graves indícios de irregularidades, poderia provocar prejuízos irreparáveis à estatal – o veto acabou mantido pelos congressistas.

Passados mais de quatro anos, as quatro obras liberadas pelo petista são citadas pelos envolvidos na Operação Lava Jato como fontes de recursos que alimentaram o esquema de corrupção na Petrobrás.

Graças à decisão de Lula, foram repassados mais de R$ 13 bilhões para as obras nas refinarias de Abreu e Lima (PE), Presidente Getúlio Vargas (Repar), Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e o complexo de Barra do Riacho (ES). O custo total dos empreendimentos é de mais de R$ 80 bilhões.

Em meados de 2009, o TCU alertou o governo sobre indícios de superfaturamento, pagamentos indevidos, obstrução dos trabalhos de fiscalização e omissão de documentos por parte da Petrobrás, nas quatro obras. Para o tribunal, os indícios eram suficientes para pedir a paralisação das obras. Meses depois, o Congresso acatou a recomendação e determinou ao governo, em um anexo da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2010, a suspensão dos repasses. Lula contrariou a determinação, vetou a decisão do Congresso e permitiu a continuidade das obras suspeitas.

Nas justificativas para o veto, o então presidente alegou que a paralisação provocaria demissão de 25 mil trabalhadores, além de prejuízos mensais de R$ 268 milhões por "degradação" dos trabalhos já realizados e de outros R$ 577 milhões em função do atraso da produção.

Disse ainda que algumas obras estavam 90% prontas e que havia "consenso" entre TCU, Congresso e governo sobre a criação de um grupo de trabalho que permitiria corrigir as irregularidades sem parar as obras. Os técnicos rebateram dizendo que o cálculo não leva em conta os prejuízos causados pelas irregularidades.

Simplismo. "Raciocínios simplistas que ponderem apenas uma parte desta equação, ou seja, apenas o prejuízo causado pela paralisação e não o dano decorrente da continuidade de empreendimentos", diz a nota.

Segundo os técnicos, a análise parcial dos contratos de apenas dois empreendimentos (Abreu e Lima e Comperj) aponta prejuízo de R$ 250 milhões decorrentes de superfaturamento e pagamentos por equipamentos não utilizados.

Em março de 2010, numa visita à Repar ao lado da então pré-candidata a presidente Dilma Rousseff, Lula usou a manutenção dos empregos para justificar o veto. Segundo ele, os trabalhadores não poderiam pagar pela desconfiança do TCU.

"Se tem que fazer investigação, que façam, se tem que apurar, que apurem, mas não vamos fazer com que um trabalhador, um brasileiro que está levando o pão para sua casa, fique desempregado porque alguém está desconfiando de alguma coisa", disse Lula.

O governo nega que a gestão de Lula não tenha dado a devida atenção às suspeitas. Segundo a Casa Civil, ainda em setembro de 2009, antes, portanto, do veto presidencial, a Corregedoria-Geral da União foi acionada pela então ministra Dilma para apurar as suspeitas. Na mesma época, o grupo de acompanhamento do Programa de Aceleração de Crescimento também foi acionado para examinar o relatório do TCU.

Ainda de acordo com o governo, em uma reunião realizada no dia 20 de janeiro de 2010, seis dias antes do veto presidencial, TCU, Casa Civil, Ministério de Minas e Energia e Petrobrás decidiram acompanhar a solução das irregularidades em "reuniões regulares que efetivamente ocorreram".

O governo alega ainda que no ano seguinte o Congresso retirou o embargo às obras e em 2013 o próprio TCU também deixou de recomendar a suspensão dos repasses para os quatro empreendimentos da estatal.

A Petrobrás não negou a acusação de obstrução à fiscalização. Segundo a assessoria da estatal, "Petrobrás e TCU estão em constante processo de entendimento".


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Crime de responsabilidade

O ESTADO DE S.PAULO

16 Novembro 2014 | 02h 03

Quando começou a vir à luz o conteúdo das investigações da Operação Lava Jato, lançada pela Polícia Federal (PF) em março deste ano para apurar a corrupção dentro da Petrobrás, houve quem previsse que a dimensão dessa encrenca poderia comprometer a realização das eleições presidenciais. Esse vaticínio catastrófico era obviamente exagerado. Mas os acontecimentos dos últimos dias revelam que esse escândalo sem precedentes não apenas compromete indelevelmente a imagem da maior empresa brasileira e da cúpula do partido que controla o governo federal há 12 anos - inclusive o ex-presidente Lula e a presidente reeleita Dilma Rousseff, como mostramos em editorial de sexta-feira -, mas pode ser só a ponta de um gigantesco iceberg.
Para ficar apenas nos acontecimentos mais importantes dessa semana: a empresa holandesa SBM Offshore, fornecedora da Petrobrás, fez um acordo com o Ministério Público de seu país pelo qual pagará US$ 240 milhões em multas e ressarcimentos para evitar processo judicial por ter feito "pagamentos indevidos" para obter contratos no Brasil e em outros dois países. No Brasil, a CGU iniciou investigações sobre as suspeitas de que cerca de 20 funcionários da Petrobrás teriam aceitado suborno da empresa holandesa.
Na quinta-feira, a auditoria PricewaterhouseCoopers anunciou que não vai assinar o balanço contábil do terceiro trimestre da Petrobrás - cuja divulgação foi por essa razão adiada - enquanto não conhecer as conclusões das investigações internas da empresa sobre o escândalo, por temer o impacto do desvio de recursos sobre os ativos da petroleira. Trata-se de uma precaução raramente adotada por firmas de auditoria - o que demonstra a gravidade da situação da Petrobrás.
Na sexta-feira, a Operação Lava Jato iniciou nova fase, colocando 300 policiais em ação em cinco Estados - São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais - mais o Distrito Federal, para cumprir 85 mandados de prisão ou de busca contra executivos de empreiteiras e outros investigados por crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Para começar, prenderam no Rio de Janeiro o ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, indicado para o cargo por José Dirceu.
Enquanto isso, chega a cerca de uma dezena o número de investigados da Lava Jato que reivindicam o benefício da delação premiada, numa demonstração de que quem tem o rabo preso no escândalo já percebeu que a casa caiu e a melhor opção é entregar os anéis para salvar os dedos, como já fizeram o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef.
Diante das surpreendentes proporções do esquema de corrupção armado dentro da maior estatal brasileira com o objetivo de carrear recursos para o PT e seus aliados, não surpreende que os dois presidentes da República no poder durante o período em que toda essa lambança foi praticada soubessem perfeitamente o que estava ocorrendo. Em 2010 - Lula presidente e Dilma chefe da Casa Civil -, o Palácio do Planalto, por meio de veto aos dispositivos da lei orçamentária que bloqueavam os recursos, liberou mais de R$ 13 bilhões para o pagamento de quatro contratos de obras da Petrobrás, inclusive R$ 6,1 bilhões para a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O TCU havia chegado à conclusão de que esses custos estavam superfaturados, mas Lula e Dilma entenderam que era preferível tocar as obras. Só essa decisão comprova a responsabilidade desses políticos por um escândalo que deixa o Caso Collor no chinelo.
De fato, está registrada no Diário Oficial da União a prova documental da conivência de dois presidentes da República com a corrupção na Petrobrás. É um escândalo de dimensões mastodônticas que envolve todas as diretorias operacionais da estatal, dezenas de executivos de empreiteiras e outro tanto de políticos de praticamente todos os partidos mais importantes da base governista no desvio de recursos estimados em pelo menos uma dezena de bilhões de reais.
Somente alguém extremamente ingênuo, coisa que Lula definitivamente não é, poderia ignorar de boa-fé o que se passava sob suas barbas. Já Dilma Rousseff de tudo participou, como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil e, depois, como presidente da República.
Devem, todos os envolvidos no escândalo, pagar pelo que fizeram - ou não fizeram.

P.S.  O  LULA,  A  DILMA  E  O  LULINHA,  QUANDO SERÃO INVESTIGADOS?   O  MENSALÃO E O PETROLÃO E OUTROS DESVIOS DE VERBAS  ACONTECERAM NUM PAÍS  SEM PRESIDENTE E SEM MINISTROS???

"Os povos têm, é verdade, os governos que merecem. Mas, também, e não é menos verdade, os povos refletem, copiam e imitam os governos que têm."  (Ruy Barbosa - 1923) .  

segunda-feira, 17 de novembro de 2014