Parabéns ao Rio Grande!
20 de Setembro – Dia do Gaucho!
A Guerra dos Farrapos
A Guerra dos Farrapos foi forjada dentro das Lojas Maçônicas Carbonárias, cujo trabalho sobrepujou o de que resultou a aclamação da Independência e da República.
Enquanto que para o movimento libertário independente do jugo de Portugal a Maçonaria Carbonária trabalha ocultamente, como arma ainda desconhecida, no Rio Grande, a Maçonaria do Calhau era severamente controlada por maçons ligados à monarquia, ao Imperador, e entre tantos o próprio José Bonifácio, que apesar de ser também da linha Carbonária, comungava com os interesses do Império.
Para compreender o movimento “farrapo” é indispensável a leitura da “Grande Revolução” do insigne Alfredo Varela e do Juiz de Direito e Maçom, Rizzardo da Camino, o que naturalmente, não comportam um resumo.
No entanto, darei aqui apenas algumas notas porque o objetivo deste artigo não é dissertar a respeito da História do Pátria, mas sim demonstrar o trabalho da Maçonaria Carbonária e do Calhau, suas contribuições valiosas para a total redenção do Brasil.
Parecerá aos maçons do calhau, que sempre tiveram seu aprendizado distorcido por orgulho e vaidade de alguns mestres, muito estranho, mas a idéia do separatismo, a organização intelectual e o seu fomento, coube a um estrangeiro Italiano, o conde Tito Lívio Zambeccari, natural de Bolonha, implantar a Grande Revolução.
Zambeccari pertencia à Maçonaria Carbonária que tanta luta desenvolveu em solo italiano pela liberdade da Pátria, instituição revolucionária mesclada entre Maçonaria e Política, essencialmente cristã, mas anti-clerical; desenvolveu aqui um sistema análogo, fundando Lojas (Vendas), que mantinham sigilo absoluto e associavam pequenos grupos, reunindo-se em sessões ritualísticas maçônicas, nos bosques, florestas, galpões, beira rios, ilhas, locais abandonados, e escritórios dos maçons simpatizantes.
Paralelamente, começaram a surgir “grêmios” a fim de serem atraídos os que não fossem maçons. Célebres foram: “Sociedade do Continentino” de Jaguarão e a “Maribondina”. Uma das características dos Carbonários fora de que o “grupo” que fazia parte de uma Venda ignorasse totalmente o nome dos demais grupos, a fim de garantir o êxito dentro do absoluto sigilo.
As Lojas Maçônicas (Vendas Carbonárias), das cidades de Rio Grande e Jaguarão, sendo uma delas a “Filantropia e Liberdade”, suportaram acusações frontais de serem centros sediciosos da Carbonária.
Zambeccari foi o cérebro da Grande Revolução permanecendo no Brasil durante 18 anos, posto, evidentemente, os ideais patrióticos estivessem em mãos de brasileiros insignes como o emérito Maçom da Alvenaria, e Coronel Bento Gonçalves da Silva.
Já se ia a luta sangrenta e Bento Gonçalves preso, quando chegaram ao Brasil dois fugitivos da costa da ligúria (Itália), os Carbonários Luiggi Rossetti e Giuseppe Garibaldi, comprometidos com um levante republicano, isso em 1836. O primeiro passo dado foi o de visitarem Zambeccari, preso junto com Bento Gonçalves, e dessa entrevista resultou o ingresso dos recém chegados – Rossetti e Garibaldi na Grande Revolução. Armado o “cutter” “Mazzini” (Mazzini: “Grão Mestre Universal da Carbonária”), constituía-se a primeira “armada” Farroupilha.
O “Mazzini” mudou de nome para o de “Farroupilha” e o corsário de 20 toneladas e 14 homens de equipagem, os Carbonários: João Gabarron, capitão; José Garibaldi, 1º tenente; Luiz Carniglia, contramestre; Luiz Cália, 2º contramestre; Pasqual Lodola, armeiro; João Baptista, capitão de armas; Alexandre Petrina, dispenseiro; Antônio Chiama, João Sigorra, Baptista Elena, Manuel Francisco das Neves, José Maria Rossetti, Maudão Garibaldi, marujos.
Dizer da atuação do “herói dos dois Mundos”, de sua bravura e capacidade é tarefa para os historiadores, mas dizer de seus ideais maçônicos, trazidos da Itália e cultivados no Brasil, é tarefa dos nossos Carbonários.
Importante ressaltar, que a Carbonária portuguesa responsável pela revolução de 1820, verificada na cidade do Porto, também estivera presente nas reuniões que decidiu os rumos da "Guerra dos Farrapos", à quem deveu-se muito de parte da Carbonária Riograndense.
Vale reportar, que a primeira "Sociedade Secreta" a aportar no Rio Grande do Sul, foi a Maçonaria Carbonária dos italianos como também em Minas Gerais, Bahía e Piauí, segundo nos informam estudos da Universidade de São Paulo e a Universidade do Rio Grande do Sul, enquanto que no Rio de Janeiro, foi de grande influência a Maçonaria Carbonária portuguesa, através do Apostulado dos Nobres Cavaleiros de Santa Cruz, uma Carbonária nos moldes da europa e que teve como seu Grão Mestre, nada mais nada menos do que Dom Pedro I, José Bonifácio, Joaquim do Ledo, entre outros proeminentes maçons republicanos.
Importante ressaltar, que a Carbonária portuguesa responsável pela revolução de 1820, verificada na cidade do Porto, também estivera presente nas reuniões que decidiu os rumos da "Guerra dos Farrapos", à quem deveu-se muito de parte da Carbonária Riograndense.
Vale reportar, que a primeira "Sociedade Secreta" a aportar no Rio Grande do Sul, foi a Maçonaria Carbonária dos italianos como também em Minas Gerais, Bahía e Piauí, segundo nos informam estudos da Universidade de São Paulo e a Universidade do Rio Grande do Sul, enquanto que no Rio de Janeiro, foi de grande influência a Maçonaria Carbonária portuguesa, através do Apostulado dos Nobres Cavaleiros de Santa Cruz, uma Carbonária nos moldes da europa e que teve como seu Grão Mestre, nada mais nada menos do que Dom Pedro I, José Bonifácio, Joaquim do Ledo, entre outros proeminentes maçons republicanos.
Ainda hoje existem Lojas e Vendas com o nome distintivo de “Garibaldi” em homenagem ao insigne Maçom Carbonário, à exemplo das duas primeiras Vendas Carbonárias “Giuseppe Garibaldi” n° 1 em Campo Grande, no Estado do Mato Grosso do Sul e a n° 2, no Estado do Paraná. Não se pode esquecer também, a Venda Carbonária “Anita Garibaldi” n° 3, também no mesmo Estado, destinada às “Jardineiras”.
Os historiadores não podem esconder a participação direta da Maçonaria Carbonária em todos os feitos históricos, embora o façam com muita timidez e receio de censura de parte da Maçonaria do Calhau, que até bem pouco tempo, avocava para si, tão sómente para si, os louros dos grandes feitos maçônicos ocorridos no Brasil e no mundo.
Por fim, importante destacar que o brasão das armas do Rio Grande do Sul e a sua bandeira, foram criação do exímio também desenhista, conde Tito Lívio Zambeccari, que deixou implícito no seu simbolismo a união das duas maçonarias nessa batalha de dez anos – Maçonaria Carbonária e Maçonaria da Pedra (vermelha), contra a Maçonaria Azul, aquela que é monárquica e sempre esteve ao lado do Rei.
A trilogia carbonária, é conhecida como "LIBERDADE, IGUALDADE E HUMANIDADE!"
A trilogia carbonária, é conhecida como "LIBERDADE, IGUALDADE E HUMANIDADE!"
Fonte: 1) Introdução à Maçonaria – Doutrina, História e Filosofia, de Rizzardo da Camino33.´. 2) Bandeiras que contam Histórias – João Guilherme C. Ribeiro 3) Epopéia Farroupilha e a Maçonaria Riograndense – Antonio César Celente 4) Os Perjuros e Traidores da Maçonaria – Walmir Battu (no prelo), e 5) Os Farrapos - História Gaucha - RBS, entre outros.
Eu não sabia o quão importante foi a Maçonaria Carbonária, diante da Guerra dos Farrapos.
ResponderExcluirÓtima reportagem, meu sincero parabéns ao portador desta informação, afinal é sempre bom conhecer a verdadeira historia da guerra dos Farrapos, ja que no seriado em que a globo exibiu se não me falha a memoria a uns 3 anos atrás nada foi comentado sobre a participação da Maçonaria Carbonária na referida guerra acima citada.
ResponderExcluirCaríssima Tereza:
ResponderExcluirSim, foi mencionado uma única vez num dado momento em que Luiggi Rossetti chamava a atenção de Giuseppe Garibaldi por suas aventuras amorosas, lembrando-o de que ele era um "Carbonário" e não poderia prescindir da sua responsabilidade e respeito para com as mulheres e a causa que abraçavam naquela ocasião.
Obrigado pelo seu comentário, sempre preciso e oportuno.
Um beijo em seu coração.
Walmir Battu.
Caro Bom Primo, como já havíamos comentado anteriormente, sua peça é de lavra muito impressionante e importante. É uma pena que as escolas deixem de ensinar às nossas crianças os pormenores de nossa história.
ResponderExcluirParabéns pelo artigo muito bem escrito!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMeu conhecimento em História é pequeno, porém, posso lhe garantir que nunca ouvi falar em maçonaria na escola, nem na minha época de estudante e nem de meus filhos, que sempre os acompanhei nas lições.
ResponderExcluirFiquei impressionada e bem informada!
Bela matéria, parabéns!