domingo, 17 de julho de 2011

Quando a Polícia não vem...
Domingo ensolarado, muitos procurando o Sol para se aquecerem do frio disfarçado que mantém esse Sol insensível e de poucos amigos, sem  calor e que cobre a nossa região paranaense, particularmente Curitiba e adjacências apenas com o seu amarelo pálido concorrendo com as nuvens cinzentas que fazem padrão em nossa capital.

Muitos, aproveitam as  férias escolares para se divertir, enquanto que outros, visam descansar para pegar firme no batente na segunda feira, afinal, ninguém é de ferro.  Enquanto isso, outros pegam seus carrinhos vermelhinhos enfeitados, rebaixados e mal pagos, com uma verdadeira carga de alto falantes de grossos calibres, e escolhem a casa de um amigo qualquer, num bairro qualquer, ligam os seus alargados decibéis e poem para tremer a terra, as casas, os móveis, os bibelôs e os nervos da vizinhança, até trincar a paciência e fraturar a tolerância, tornando as suas longas horas do dia insuportáveis com o estrondoso “som”, aliás, verdadeiro ato de terrorismo. É para enlouquecer mesmo!

Desesperados, os vizinhos passam a ligar para as autoridades pedindo socorro, implorando pela sua presença, na esperança de que a atuação pública, de um basta nos indivíduos que cercam aquele monumento ensurdecedor. É claro que, bebendo cachaça e fumando maconha, estão longe de se incomodar com tamanha farra, aliás, são eles os autores...

A esta altura, duas horas se passaram, dez telefonemas foram dados para a Guarda Municipal e ninguém apareceu, apesar do “estamos indo” ou “já estamos chegando.” Não acertaram o endereço e assim a tarde vai passando e o som continua estridente.

Agora, tente a sorte com a Polícia Militar, pois a Guarda Municipal não deu a mínima. Alegam muitas ocorrências na cidade, poucas viaturas e a perturbação e o meio ambiente que vá tomar no SUS!

A Polícia Militar, após inúmeros telefonemas dados, finalmente resolve atender a um dos feitos pelo reclamante, e também promete sair de uma ocorrência e ir direto para enfrentar os “barulhentos”.  Que nada! Anoiteceu, seis horas se passaram e nem uma viatura da Polícia Militar ou Guarda Municipal, passou.

Uma Senhora, homem da família, resolveu enfrentar os indivíduos que a esta altura, estavam “mamados” e  “fumados,”  arriscou o seu couro enfrentando os baderneiros na tentativa de por ordem e impor o silêncio do “trio elétrico”.  Para começo de conversa, ameaçou aos gajos de lavrar um BO, isto é, um boletim de ocorrência policial, ao que responderam os marmanjos informando que de nada adiantaria e que a policia não iria fazer nada, mesmo porque, se por um acaso aparecesse, ele – o líder do barulho, poria o seu carro barulhento bem no portão da casa da reclamante, o que lhe seria pior!

E, disse mais: “Estamos “cagando” para a polícia! Diante do exposto, a Senhora não teve outro caminho a tomar, a não ser o de voltar para sua casa amargando o sentimento de frustração e de desgosto pela impotência de cidadã, da omissão das autoridades, pela repulsa que lhe causa a cidade e pelo lugar onde mora. Aliás, a sua casa já está posta à venda por essas e outras.

Cada comprador que aparece nos finais de semana para conhecer o imóvel, bate em retirada ao se deparar com baderneiros, bêbados, drogados e “barulhentos” de toda a sorte, o que lhe dificulta vender a casa e mudar para uma vida melhor e mais tranqüila, em lugar seguro e aprazível, com os seus filhos.

Enquanto isso, a Polícia Militar e a Guarda Municipal, estão para chegar, não chegaram... Não vão chegar...   Alô prefeito de Campo Largo!  Tua polícia não funciona, está devagar, devagarinho, quase parando...   

E assim, vive a sociedade brasileira esperando pelos governantes, pelo cumprimento das promessas de campanha, pelo socorro das autoridades, pelo combate ao crime, pelo bom atendimento da saúde, pela proteção da família, pelo respeito ao cidadão que paga seus impostos e que tem seu bolso achacado por esses mesmos impostos (“pelo” é repetida aqui propositadamente), que se locupletam nas fraudes do DENIT, da tentativa de golpe com a fusão do Pão de Açúcar X Carrefour, tudo isso, diuturnamente, enquanto a polícia não vem.  Assim, o país foi saqueado e a policia não apareceu jamais!   


O mesmo, aconteceu quando do assassinato do menino Matheus Hoepers, em 2010; A polícia técnica, somente compareceu ao local do crime para fazer "levantamento", uma semana depois! Daí que, até agora os assassinos não foram descobertos e estão longe de serem presos. Afinal, a polícia ainda não chegou... 
PS: - Ah! O Brasil jogava contra o Paraguay e perdia vergonhosamente. Estariam os Guardinhas e a Polícia Militar de Campo Largo, desolados com a derrota e por isso mandavam às favas os chamados da população?

Outros passeavam tranquilamente pelo centro de Campo Largo, sem a menor preocupação com a Ordem do Dia. Talvez, seja por tal motivo que a Polícia não chegou.


2 comentários:

  1. E VOCÊ Brasileiro sabe porque, a Polícia seja ela Municipal, Militar ou ate mesmo Federal, estão para chegar, não chegaram... Não vão chegar...nem hoje e muito menos amanha.. não por causa da nossa propria policia, os poucos honestos que ainda temos não dão conta de tantos chamados, a culpa é sim de nossos dirigentes Municipais, Estaduais e federais e maior ainda nossa que acreditamos nesta politica podre do nosso brasil...ou realmente agimos com consciência e orientamos nosso povo brasileiro através da mídia ao nosso alcance de que votar em alguem significa colocar nossa vida o futuro de nossos filhos e netos nas mão deles...quem sabe assim teremos votos consciente e não votos cestas básicas.

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  2. Desde 1941, a lei protege o cidadão.
    No entanto, ainda acham que uma chamada desta natureza não é grave.
    Se limitam a atender, e acham que o mais importante, é ficar fazendo rondas no centro da
    cidade, aonde quase se chocam, pois é ali que a disputa começa entre os que deveriam ser nossos “guardiões”.
    Quando chamamos a policia para fazer um atendimento de Perturbação de sossego alheio, na grande maioria das vezes ela não vem, como diz nosso escritor do texto acima.
    Quantos crimes poderiam ser evitados, quantos casos de vizinhos que ao seu extremo da paciência, acabar por perder totalmente a razão e se levam a loucuras.
    Isso sem falar nos inúmeros efeitos negativos que causam a nossa saúde:
    Insônia (dificuldade de dormir);
    • Estresse
    • Depressão
    • Perda de audição
    • Agressividade
    • Perda de atenção e concentração
    • Perda de memória
    • Dores de Cabeça
    • Aumento da pressão arterial
    • Cansaço
    • Gastrite e úlcera
    • Queda de rendimento escolar e no trabalho
    • Surdez (em casos de exposição à níveis altíssimos de ruído)

    Dia 7 de maio é comemorado o Dia do Silencio.
    Meu querido Walmir Battu, parabéns pelo texto, pela imagem muito bem colocada.
    Te admiro.

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